Triagem para deficiência de vitamina D: quando realizar ou não realizar o exame?

Não realize a triagem de rotina para vitamina D em adultos saudáveis

 

Conforme recomendação da SBPC/ML e do movimento Choosing Wisely Brasil, exames de 25‑OH-vitamina D não são indicados para a população geral. Em pessoas saudáveis, a exposição solar e a suplementação moderada costumam ser suficientes para manter níveis adequados. O exame deve ser reservado para grupos com maior risco de deficiência

Quem deve realizar o exame?

A triagem deve ser considerada apenas para pacientes com fatores de risco, como:

 

  • Idosos, principalmente com história de fraturas ou osteoporose;

  • Gestantes ou lactantes;

  • Doenças como raquitismo, osteomalácia, hiperparatireoidismo, insuficiência renal crônica, doenças inflamatórias ou autoimunes, síndromes de má-absorção, ou uso de medicações que afetam metabolismo ósseo

Diretrizes internacionais (2024): suplementação vs. triagem

  • A Endocrine Society reforça que, em adultos saudáveis (até cerca de 75 anos), não é necessário testar rotineiramente os níveis de vitamina D, mesmo em pessoas com obesidade ou pele mais pigmentada 

  • O USPSTF concluiu que não há evidência suficiente para recomendar rotineiramente a triagem em adultos assintomáticos, em função de possíveis riscos e falta de benefício clínico claro 

Grupos nos quais pode ser considerada suplementação ou triagem

Mesmo sem recomendação para exames em todos:

 

  • Gestantes, idosos com >75 anos e indivíduos com pré‑diabetes podem se beneficiar da suplementação orientada, mesmo sem dosagem prévia, conforme novas diretrizes da Endocrine Society .

  • Em adultos com mais de 70 ou 75 anos, a suplementação diária (800 IU / 20 mcg) pode reduzir mortalidade e complicações clínicas .